A conexão da rede interna de qualquer edificação comercial ou residencial, com o mundo, por meio da rede externa de um provedor de serviços de telecomunicações, é uma questão estratégica.
Queremos serviços de telefonia, acesso à Internet e TV. Esses serviços,
quando ofertados de forma integrada por um único provedor, recebem o nome de
triple-play.
Em termos de tecnologia de acesso, temos as seguintes alternativas:
1.
Transmissão via cabo metálico, terminado por um modem, normalmente ADSL ou VDSL (chamados de
acesso banda-larga);
2.
Transmissão sem
fio via antena, terminada em um modem-rádio ou um receptor VHF ou UHF
tradicional;
3.
Transmissão via
cabo coaxial, terminada em um modem coaxial;
4.
Transmissão via
fibra óptica, terminada em um modem óptico;
Aqui
cabe uma observação: o termo “banda larga”, usado para se referenciar aos
acessos ADSL ou VDSL (xDSL) reflete uma “opinião”. Larga em relação a quê? Os marqueteiros dão nomes aos seus produtos
com o objetivo de promovê-los. Os nomes pegam e o consumidor acaba se perdendo
sobre o verdadeiro escopo do serviço. Bem, a tecnologia anterior era a do modem
analógico para linha telefônica, que atingiu seu limite em 34,6 kbps
( Recomendação V.34 do ITU-T ). A velocidade do VDSL, que chega a 50 Mbps, é 1.400
vezes maior que a do modem analógico, justificando então o nome “banda larga”.
Se a velocidade mais utilizada pelos xDSL é de 5 Mbps e é chamada de “banda larga”, imagine então a transmissão pela fibra óptica que, no acesso a uma edificação, já chega a 1 Gbps, ou 200 vezes maior que a velocidade média do xDSL ou ainda, quase 30.000 vezes maior que a do modem analógico?
A propósito, o roteador tecnicamente é um dispositivo distinto do modem: as funções do modem se restringem às camadas 1 e 2 do modelo OSI; o roteador opera nas camadas 3 e 4. Comercialmente há equipamentos que executam as duas funções: é um modem com roteador ou um roteador com modem? Eu prefiro chamar de modem com roteador, já que a função primária é a de modem, iniciando pela camada 1, ou seja, o modem-roteador faz algo a mais e já entrega os dados para a rede local processados na camada 3 ou superior. O modem-roteador é mais comum em equipamentos de baixo custo para uso residencial ou pequenos escritórios e, como nada vem de graça na vida, sua função de roteamento geralmente é bem limitada.
O Google acaba de instalar uma rede piloto na cidade de Kansas City, Estados Unidos, em fibra óptica, com acesso a 1 Gbps. Vai oferecer um serviço denominado Google Fiber, que agrega de Internet, TV e armazenamento de dados em três pacotes:
1) R$ 0,00 Internet @ 5 Mbps (paga só a instalação)
2) R$ 150,00 Internet @ 1 Gbps + 1 TByte (armaz)
3) R$ 300,00 Internet @ 1 Gbps + 1 TByte (armaz) + TV
Então, o Google disse que seu serviço opera em “Ultra Alta Velocidade” para destacá-lo em relação à geração anterior (banda larga). Vai pegar?
sera??
ResponderExcluirCaro Wener, não tenha dúvidas. E o Google está investindo firme no projeto. Veja o anúncio do Google pra contratar engenheiros para o Centro de Operações do Google Fiber:
Excluirhttp://www.google.com/about/jobs/locations/mountain-view/engineering/network/network-operations-center-noc-technician-google-fibermountainview.html#src=mspmentor
Detalhe: no anúncio o Google diz que é e sempre foi uma empresa de engenharia!