sábado, 24 de novembro de 2012

Wireless com fio


Os sistemas de comunicação sem fio, existentes no interior das edificações, conhecidos simplesmente como “wireless”, por serem muito requisitados se tornaram obrigatórios em qualquer projeto de rede interna. Quem não aprecia a facilidade de usar seu laptop em qualquer lugar da casa, sem se preocupar em conectá-lo a um cabo?

Cada transmissor (Access Point - AP, por exemplo) possui sua antena, uma haste perto de 15 cm, digamos, acoplada à caixa do equipamento, que transmite igualmente em todas as direções. Em um ambiente pequeno apenas um transmissor pode ser suficiente, mas em ambientes maiores ou edificações com vários pavimentos, devido à perda de potência do sinal, serão necessários vários transmissores para cobrir toda a área, o que inclusive exigirá um estudo. Quanto mais perto da antena do transmissor, maior a potência recebida.

Uma alternativa à solução com vários transmissores é utilizar um cabo irradiante, que se comporta como uma longa antena, devido a aberturas estrategicamente dispostas ao longo de sua extensão. A saída do transmissor-receptor se acopla a uma extremidade do cabo que, por sua vez, transmite perpendicularmente ao longo de sua extensão.
 
Algumas vantagens do cabo irradiante são: permitir uma distribuição melhor do sinal e criar uma solução mais flexível de transmissão sem fio no interior da edificação, que aceita transmitir canais simultâneos e distintos, como por exemplo: dados da rede local, telefonia celular, áudio, entre outros.




 
Essa alternativa, bastante utilizada em túneis, pode ser muito interessante em edificações com longas alas. As fotos, feitas durante uma medição realizada no laboratório da Rhox, ilustra um AP acoplado diretamente ao cabo irradiante.


 

domingo, 18 de novembro de 2012

Se o cabo metálico ficar molhado seu desempenho muda?


O que acontece com o desempenho da transmissão de dados em um cabo metálico quando ele fica em contato permanente com a água ou em ambiente com alta umidade?

Sabemos que a água é um excelente isolante, mas isso vale apenas para a água pura, aquela obtida pela destilação, por exemplo. A água encontrada na natureza possui contaminação de diversas substâncias, o que a torna um condutor, cujas propriedades dependem da composição dessa contaminação.

O material plástico normalmente utilizado na capa externa dos cabos de rede é o PVC (http://pt.wikipedia.org/wiki/Policloreto_de_vinila). Esses cabos são apropriados para uso em ambiente interno e seco, pois o PVC absorve água.

Quando o cabo com capa de PVC entra em contato com a água, sofre um aumento em sua capacitância mútua, provocando uma degradação do canal. Por exemplo, um cabo de rede em par trançado metálico pode ter sua capacitância mútua de 60 nF/km (valor próximo dos encontrados nesse tipo de cabo) dobrada, o que praticamente vai corresponder a um canal com o dobro do comprimento. Se o enlace fixo tiver, por exemplo, 60 metros, o resultado seria equivalente a um canal de 120 metros, contrariando a norma, cujo máximo é 90 metros. Essa situação pode levar a uma alta taxa de erro que prejudicará ou até impedirá a comunicação.

Um cabo molhado pode também sofrer redução em sua velocidade de propagação, fato que pode invalidar as certificações realizadas com instrumentos do tipo TDR (reflectômetro no domínio do tempo). Se a contaminação ocorrer apenas em algum ponto específico da tubulação, o teste com o TDR pode determinar essa posição.

Um cabo apropriado para uso externo deve ser especificado nesses casos, pois certamente terá isolamentos mais resistentes à água. O uso de cabo óptico também deve ser considerado.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Inundação de caixa externa

          É evidente que as caixas externas fazem parte do projeto de telecomunicações de uma edificação, seja comercial, residencial ou um campus. As caixas visam organizar, proteger e facilitar o lançamento e as futuras ampliações e manutenções dos cabos.
        Um cuidado adicional deve ser tomado em relação à possibilidade de inundação da caixa: diretamente pela chuva ou devido à condição do terreno que faz minar água para dentro da caixa. A situação ilustrada pela foto, além de provocar problemas no funcionamento da rede, pode causar acidentes e prejuízos.
           É importante observar a regra de ouro das instalações de telecomunicações: “Faça certo da primeira vez” e construir a caixa adequada ao terreno, considerando a possibilidade de incluir um dreno.
          O livro apresenta detalhes de projeto, no capítulo 8, das caixas externas subterrâneas primárias e secundárias tipos “P” e tipo “S” e, no capítulo 10, das caixas externas padronizadas para entrada de telecomunicações tipo “R”.

sábado, 3 de novembro de 2012

Fique de olho


            A foto ilustra uma instalação típica de cerca elétrica. O cabo branco conduz alta tensão pulsada para alimentar os fios de proteção (azul e branco). Imagine o que vai acontecer quando chover. Com a ajuda do cabo e da lei da gravidade, a água vai entrar na tubulação amarela de encaminhamento do cabo.
 
            Esse defeito é normalmente encontrado nas instalações e uma das principais razões é a prática comum de não se abordar o assunto no projeto, ficando a empresa que instala cerca elétrica com a tarefa de escolher como fazer, o que pode levar a um resultado incompatível com as melhores práticas e deixar o proprietário sem a proteção que ele contratou.
            A instalação correta deve prever uma curva na tubulação, a fim de evitar a entrada de água. Além disso, essa tubulação deveria ser de eletroduto rígido e não flexível.

            O fato da cerca elétrica ser um dos tópicos contemplados no projeto OSD (One Shot Design) aumenta a probabilidade da instalação atender às normas e melhores práticas, consequentemente aumentando qualidade.