domingo, 30 de dezembro de 2012

Cabeamento estruturado, TIA-569 e One Shot Design


A figura mostra a capa da primeira versão da norma TIA-569, publicada em outubro de 1990.

Essa norma é uma importante referência para os trabalhos de infraestrutura de cabeamento interno nas edificações, orientando há mais de vinte e dois anos os profissionais sobre a matéria. Já foram publicadas três revisões (A, B e C), tendo sido a última em 2012, cujo escopo vem sendo alterado para acomodar a evolução e a especialização das edificações. É um dos pilares do cabeamento estruturado.
O livro Telecomunicações em Edifícios  dedica um capítulo específico às normas e melhores práticas relacionadas com a questão da infraestrutura de rede interna, abordando também as responsabilidades do arquiteto da edificação e do projetista da rede interna sobre a usabilidade da edificação em relação ao aspecto “telecomunicação interna”.
A questão de rede interna de telecomunicações extrapola os conceitos do cabeamento estruturado convencional, ou seja, a rede interna precisa de conceitos adicionais aos ensinados na matéria “cabeamento estruturado” que vemos em diversos cursos técnicos e de projeto. Esta questão é um ponto importante destacado no livro, mostrando que o projetista de rede interna de telecomunicações precisa saber mais do que aquilo que ele aprendeu no curso de cabeamento estruturado.
O cabeamento estruturado é fundamental, mas segundo a metodologia de projeto “OSD” (One Shot Design) ele é necessário, mas não é suficiente.
O cabeamento estruturado tradicional não contempla todos os subsistemas de comunicação de uma edificação, apesar de buscar esta visão, e, portanto, não atende completamente aos requisitos de comunicação dessa edificação, considerando que se deseja um resultado com máxima relação benefício-custo.
Resumindo: as edificações precisam de um projeto OSD para incorporarem todo seu potencial de usabilidade e valorização patrimonial.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Projeto integrado: os 12 subsistemas de comunicação


Ao vermos as comunicações internas de uma edificação como 12 subsistemas, conseguimos mais claramente entender a necessidade do projeto integrado.

O livro Telecomunicações em Edifícios aborda a metodologia “One Shot Design” e divide as comunicações internas nos seguintes subsistemas:
1)         Telefonia

2)         Computadores (rede de computadores)

3)         Interfone, sinalização e chamada

4)         CATV (TV aberta e a cabo)

5)         CFTV (circuito fechado de TV, gestão visual e segurança)

6)         Redes sem fio (wireless, DAS, Z-wave, ZigBee)

7)         Controle de acesso, detecção de intrusão e alarme

8)         FA - Detecção e alarme de incêndio

9)         PA - Sonorização ambiente

10)    HVAC - Controle ambiental (temperatura, umidade)

11)    Controle de energia elétrica e automação

12)    Captação e roteamento de áudio
 



É recomendável, aliás, eu diria que é obrigatório, haver um projeto de telecomunicações internas antes no início de qualquer construção, seja prédio comercial ou residencial.

É natural que algumas pessoas fiquem surpresas quando falamos em “projeto de telecomunicações para a edificação”, já que a importância dessa matéria ainda está engatinhando em direção ao devido reconhecimento pelos profissionais, arquitetos e engenheiros.

Algumas pessoas tentam demonstrar que o projeto integrado de comunicações internas é dispensável, argumentando que a edificação é pequena, que o projeto da rede de dados é suficiente, que pode resolver depois com wireless ou simplesmente que ficaria muito “caro”.

Resumidamente, cabem as seguintes contra argumentações:
  1. Para edificação pequena, projeto pequeno;
  2. O fato de a telefonia estar migrando para trafegar na rede de dados pode levar a uma falsa conclusão que tudo migrou para a rede de dados. De fato, essa é a tendência, mas o projeto deve ser integrado, para que o resultado contemple os demais subsistemas;
  3. Muitas pessoas pensam que tudo pode ser resolvido depois do prédio pronto, por sistemas sem fio. Grande engano. Os sistemas sem fio são importantes, devem fazer parte do projeto integrado, mas não resolvem tudo;
  4. Também pode custar caro terminar a construção e constatar que ela não possui infraestrutura para som ambiente, não há estrutura adequada para rede sem fio, não foram previstos sensores nas portas nem pontos de controle de acesso, não há como automatizar a iluminação, etc.